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Manter a água limpa e adequada para uso é essencial para aproveitar a piscina do condomínio. Confira os cuidados que fazem toda a diferença no tratamento da água da piscina

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Verão e piscinas são uma combinação perfeita, não é mesmo? Nada como aproveitar os dias quentes para se refrescar, relaxar e se divertir. Porém, principalmente em condomínios, onde o uso da piscina é intenso, é fundamental prestar atenção aos cuidados com a água para garantir a saúde e o bem-estar de todos os moradores. É nesse período que a manutenção e o tratamento da água contínuo se tornam indispensáveis.

Ricardo André Pizetta, gestor da Catarina Piscinas, explica que os problemas mais frequentes no verão são a incidência de algas, que fazem encrostamento na piscina e é bem difícil de resolver; assim como a oleosidade, que vem de protetor solar, maquiagem, bronzeadores e produtos do cabelo, por isso ela precisa ser tratada com produtos específicos, principalmente com oxidante, que vai oxidar esse material e eliminar da piscina. Além, é claro, da incidência de bactérias, por isso o cloro é o produto mais importante a ser utilizado.

Ricardo André Pizetta, gestor da Catarina Piscinas
Ricardo André Pizetta, gestor da Catarina Piscinas / Foto Alex Miranda

O gestor da Catarina Piscinas ressalta que, no verão, a piscina deve ser testada semanalmente, mas o ideal seria de duas a três vezes por semana, dependendo do quanto e como ela é utilizada. Para isso, existe um kit para testar o cloro, pH, alcalinidade e dureza cálcica.

“O equilíbrio dos produtos químicos dentro da piscina é essencial, por isso a contratação de profissionais qualificados e treinados é importante. Na nossa empresa, fornecemos treinamentos mensais gratuitos de atualização para piscineiros, zeladores e síndicos, todos os quesitos para prevenção e manutenção de problemas da piscina”, comenta.

Segundo Pizetta, atualmente existe a opção de gerador de cloro à base de sal, considerado a melhor opção para as piscinas porque evita a utilização de produtos químicos mais fortes e usa um cloro mais puro. “Em um médio prazo, você tem um retorno econômico de produtos químicos da tua piscina e vai mantê-la sempre clorada. Já o cloro granulado tem outros aditivos químicos junto e se não aplica o cloro semanalmente, ou até diariamente dependendo do tamanho da piscina, você vai ficar à mercê de incidência de bactérias na sua piscina”.

Por que o tratamento da água é tão importante?

Com o uso mais intenso das piscinas, crescem os riscos de contaminação e proliferação de microrganismos, como algas e bactérias. Isso exige uma atenção redobrada por parte da administração do condomínio, para que a qualidade da água seja mantida e a área de lazer continue segura para todos os condôminos. Um tratamento adequado evita problemas como irritações na pele, nos olhos, e até mesmo doenças mais graves, como fungos.

“Uma piscina sem tratamento adequado traz a incidência de várias bactérias, como Staphylococus, candidíase, micoses, fungos… Então, o tratamento é obrigatório e não opcional. Você não tem a opção de não usar cloro, a utilização é obrigatória, pois uma piscina sem cloro é uma sopa de bactérias. Indico usar, de preferência, marcas tradicionais e conhecidas, para saber a procedência e a qualidade do produto, como HTH, Hidroazul, Genco, HidroAll, Domclor”, indica o gestor da Catarina Piscinas.

De acordo com Pizetta, uma piscina cristalina não significa que a água esteja própria para banho. “Água bonita não é sinônimo de água boa. O pH no nível correto é o que evita ter ardência nos olhos e alergias na pele. A água precisa ter todos os parâmetros em dia para ser ideal para consumo. Para isso, é preciso manter o nível de cloro em dia, utilizar algicidas, clarificantes e gel no pré-filtro para fazer a captação das micro sujeiras dentro da piscina. Utilizar oxidantes é super importante para oxidar a matéria orgânica e não ter uma piscina com odor. O oxidante, por exemplo, elimina a urina que a criança faz na piscina, por isso ele é fundamental no tratamento da água”, explica.

Vinicius Zanichelli, bacharel em química, empresário do ramo de tratamento de água e limpeza de piscina / Foto Divulgação

Especificamente no verão, utilizar auxiliares de filtração, como clear gel e floc gel, além de eliminadores de oleosidade e oxidantes de matéria orgânica, fazem muita diferença no tratamento corretivo e preventivo”, garante Vinicius Zanichelli, bacharel em química, empresário do ramo de tratamento de água e limpeza de piscina.

Outro fator importante é manter a troca de areia do filtro em dia. Em piscinas de uso coletivo, como em condomínios, a troca de areia deve ser feita a cada um ano e meio, máximo dois anos, para evitar a proliferação de sujeiras e problemas. “Esse filtro funciona como uma caixa de gordura, que vai acumulando a sujeira da piscina. Se você não troca essa areia, ela fica realmente nojenta”,
compara Pizetta.

“Em especial no verão, uso com frequência produtos para melhorar a filtração da areia de quartzo, eliminadores de matéria orgânica e oleosidade, bem como algicidas isentos de cobre, que evitam a ocorrência de cabelos verdes”, comenta Zanichelli.

Os pilares do tratamento da água

Para garantir a qualidade da água, algumas práticas são indispensáveis:

  • Controle do pH: o ideal é mantê-lo entre 7,2 e 7,6 para evitar irritações na pele e olhos;
  • Ajuste da alcalinidade: níveis equilibrados evitam oscilações do pH e prolongam a ação dos produtos químicos;
  • Dureza cálcica: é a quantidade de cálcio dissolvido na água. A correção desse parâmetro previne a formação de manchas e incrustações, desgastes de rejuntes, desprendimento de pastilhas e azulejos;
  • Cloração: o uso do cloro garante a desinfecção da água, eliminando microrganismos prejudiciais. A cloração precisa ser mantida sempre acima de 1ppm, de preferência entre 2 e 5 ppm, fazendo a análise da água de uma a três vezes por semana.

Dicas para a manutenção da piscina

  • Fazer a escovação das bordas das paredes;
  • Ter os equipamentos de filtragem em dia;
  • Ter a troca da areia do filtro em dia;
  • Manter a cloração;
  • Manter os parâmetros da água, que é o pH, alcalinidade e dureza cálcica;
  • Fazer a utilização de algicidas, oxidantes e outros auxiliares.

A manutenção da piscina com todos esses parâmetros é o que vai evitar problemas e trazer tranquilidade para o síndico e condôminos, evitando a incomodação de ter que fazer uma interdição em função da água estar verde ou bater a vigilância sanitária e verificar que essa piscina não tem a cloração mínima necessária, além do cuidado com a cloração excessiva, que também faz mal.

Pizetta destaca que os síndicos que querem manter suas piscinas bem tratadas, precisa ter uma casa de máquina bem equipada; motor de qualidade; filtro bom; troca de areia em dia; cloração em dia, com a utilização de cloro granulado ou gerador de cloro a base de sal, pois o cloro é o carro-chefe da piscina.

Sandra Souza, síndica em Florianópolis / Foto Alex Miranda

“Quem quer ter uma piscina saudável e bonita precisa de todos esses parâmetros desde o início da temporada, porque se você perder a mão da tua piscina, recuperá-la é bastante difícil e custoso para o condomínio. Às vezes, chega ao ponto de ter que interditar uma piscina durante o verão por falta de tratamento e aplicação dos produtos corretos”.

Sandra Souza, que atua como síndica em Florianópolis há 25 anos, comenta que o uso da piscina pelos moradores impacta a gestão condominial, pois exige maior atenção à manutenção, ao controle de qualidade da água e ao comportamento dos usuários da piscina. Ela ainda revela que como o consumo de produtos para manutenção da piscina aumenta no verão, realiza a compra antecipada dos materiais em novembro para garantir que não haja falta durante toda a temporada.

“Ter uma empresa especializada garante que a água seja tratada adequadamente, oferecendo segu-rança e qualidade para todos os usuários. Durante o ano, a limpeza da piscina é feita a cada 15 dias pelo piscineiro, enquanto o zelador realiza verificações semanais. No verão, o zelador faz a manutenção diária, e o piscineiro realiza inspeções e ajustes semanalmente”, comenta Sandra.

Benefícios de uma piscina bem cuidada

Uma piscina limpa e bem tratada proporciona segurança, conforto e bem-estar aos condôminos. Além disso, reduz custos com manutenções emergenciais e preserva o patrimônio do condomínio, valorizando-o como um todo.

Além da manutenção técnica, é importante que os moradores estejam cientes de boas práticas para contribuir com a qualidade da água:

  • Sempre tomar ducha antes de entrar na piscina;
  • Evitar o uso de óleos, cremes ou protetores solares em excesso antes do mergulho;
  • Não consumir alimentos ou bebidas na borda da piscina, para evitar acidentes e contaminações.

Sandra orienta os moradores durante todo o ano. “Comunicados são emitidos reforçando a necessidade de tomar ducha antes de entrar na piscina e proibindo o uso de óleos corporais na água. Inicialmente, envio comunicados gerais aos moradores. Em caso de descumprimento, converso individualmente com o infrator para esclarecer as regras. Se o comportamento inadequado persistir, aplico advertências por escrito e, posteriormente, multas, conforme o regimento interno”, revela Sandra, explicando como funciona o trabalho nos condomínios onde atua. Além de placas de conscientização fixadas em todas as piscinas, envia comunicados frequentes aos condôminos para reforçar as boas práticas de uso.

Durante a temporada de verão, Sandra contrata um agente externo para supervisionar o uso da piscina. Esse profissional garante que crianças não entrem sozinhas e que adultos não utilizem vidros ou outros objetos que possam causar acidentes.

Uma piscina bem cuidada é sinônimo de lazer seguro e saudável, aumentando a satisfação de todos e valorizando o condomínio como um todo. No verão, redobre os cuidados e aproveite a estação da melhor forma!

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Com foco nas principais regiões de Santa Catarina, o Diretório Condominial é um canal de relacionamento com síndicos, administradoras de condomínios, fornecedores, profissionais, especialistas e líderes empresariais. Sua circulação atingirá as regiões do Vale do Itajaí, Grande Florianópolis, Oeste e Sul Catarinense, e Norte do Estado.

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