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O protagonismo do playground

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A responsabilidade de pais, moradores e tomadores de decisão dos condomínios no desenvolvimento social cognitivo, motor, intelectual das crianças. Um importante papel no crescimento de futuros adultos com menos ansiedade e dependências e menos depressivos

Um espaço de mundo feliz e com elementos que criem a brincadeira perfeita ao ar livre tem um importante significado na vida de milhares de crianças. O universo lúdico e elementos que criem as histórias perfeitas num condomínio é também o espaço que criança vive e que entende como lar. Desde a primeira infância quando a criança tem entre 3 e 4 anos este é o mundo pelo qual os pequenos enxergam a vida e descobrem o espaço que promove alegria e traz diversos benefícios à coordenação motora.  É no playground que a criança também cria sensações de pertencimento, inteligência emocional de merecimento e autoestima para a vida. O protagonismo está na relação com o espaço que a criança entende como lar com a possibilidade de conviver ao ar livre, brincar e socializar. Um ambiente visto com carinho cria uma atmosfera funcional e lúdica. Um playground realmente traz uma diferença muito grande no desenvolvimento da criança e desperta a noção de carinho e segurança, direcionado para os momentos felizes. É entregar um mundo onde a criança realmente importa e tem possibilidades.

Daniela Wollinger / Foto: Daniel Zimmermann

A montagem de um playground proporciona o desenvolvimento físico e mental. Com as brincadeiras as crianças não desenvolvem apenas a anatomia, mas criam competências emocionais e, principalmente, sociais. Esse processo é muito presente nas escolas, mas dentro do quadro de pandemia, as crianças perderam de um a dois anos no real desenvolvimento que são descritos em diversos estudos que provam e comprovam este fato. Neste contexto, a brincadeira ao ar livre promove o desenvolvimento da criança. “Ela tem um significado muito mais amplo do que aquele momento de bagunça, de correr. Quando brinca a criança desenvolve muitas competências sócio emocionais e isso é muito importante porque nós vivemos numa sociedade cada vez mais caótica e competitiva. Precisamos, sim, estar com o nosso emocional equilibrado e esta base é desenvolvida na primeira e na segunda infância, baseada nas brincadeiras em que a criança enxerga o mundo”, explica Daniela Wollinger, especialista em ludopedagogia.  É uma representação da realidade.

Todo contexto de vida de criação e pensar sobre a vida é desenvolvido na primeira e na segunda infância. Por isso, um playground está além da diversão. Este espaço não é só um lugar para largar as crianças para descarregarem energias. Um playground tem um diferencial e um importante papel como desenvolvedor da tomada de decisão no protagonismo. As brincadeiras planejadas com carinho e cuidado irão despertar o sentimento de segurança e poder tomar as próprias decisões naquela situação.  Num playground a criança media conflitos e resolve problemas. “Tomando decisões como: eu subo, eu desço, aí eu tenho coragem ou eu não tenho, eu vou para cá eu vou para lá, a criança explora espaços em que muitas vezes não se sente tão segura. Num playground a criança vai tentar negociar com ela mesma, questões como agora eu subo e agora eu desço”, conta Daniela. Uma maneira para expressar de forma legítima e evitar seguir um padrão de mãe de pai, porque nesta condição enxerga o mundo com uma visão ampla. A criança está em casa e a possibilidade de ter um espaço pedagógico para um pequeno que cresce em condomínio é realmente um divisor e o desenvolvedor de um ser humano.

Os principais benefícios do playground para saúde, aprendizagem e desenvolvimento social das crianças está no contato com a liberdade. Um pequeno vivendo apenas num quarto vendo TV ou apenas dentro de casa, impossibilita experiências felizes. Uma brincadeira num playground desenvolve emoções positivas e promove momentos de aproximação, socialização e decisão de protagonismo. Estar ao ar livre, subir e descer, correr até cansar é viver a agitação de criança e estímulo físico. O exercício traz alegria e a socialização cria tanto momentos positivos, quanto negativos, constrói a base de estrutura sócio emocional e os limites do corpo. Atualmente, o desenvolvimento físico da criança está muito restrito e o isolamento social priva a convivência nos espaços.  Os pequenos estão privados da escola e um espaço de playground no condomínio vai trazer possibilidades de desenvolvimento físico e motor. As crianças precisam de desafios para o desenvolvimento e o playground é um ambiente gigantesco cheio de desafios e possibilidades. Assim, a criança num playground brinca porque aprende e aprende porque brinca. “Primeiro, ela vai se entender como pessoa, depois ela vai se entender como ser social, e depois ela vai experimentar brincadeiras e aprender. Ela vai experimentar, vivenciar uma brincadeira de castelo com o amiguinho. Eu quero ser a princesa e ele quer ser um cara que fica lá embaixo com pedaço de pau brigando. Eu não quero que ele faça isso. No entanto, para ele é o mais legal. É intuitivo, incentivo e cultural, tem programações que realmente vem biologicamente de estradas no ser feminino e masculino e se funde na socialização porque a criança aprende.”, destaca Daniela. Uma socialização num playground, num contexto em que a criança aprende a respeitar as diferenças e na brincadeira.

A brincadeira no playground desperta os limites, aprender a respeitar e enxergar o que quer e não quer, o ponto crucial para não ultrapassar o limite do amiguinho porque entende que ele poderá ficar bravo, revidar e isso não será positivo. Estes impactos da ludicidade da brincadeira passam pelo processo de experimentar situações e despertar adultos com autoestima, com poder de decisão e pró atividade para resolver problemas.

“Vou dar um exemplo. Se você foi uma criança que não subiu numa árvore porque parecia gigante e difícil ou não desceu um tobogã porque teve medo, e você não venceu aquele medo, certamente será um adulto que não consegue experimentar as situações difíceis sem gerar ansiedade, e possivelmente será um adulto sem nenhum perfil de liderança, com muito receio para tomar decisões. Um perfil comum de uma criança que não aprendeu a lidar com a diversidade e a receber no contexto do brincar.”

Daniela Wollinger

Esta situação ilustra a ausência de autoridade e cuidado na criação de brincadeiras saudáveis para corpo e mente e denota uma sociedade com pessoas difíceis de trabalhar em grupo.  Uma brincadeira eficiente num playground com pais presentes neste universo contribui para o desenvolvimento de uma criança na primeira infância e que carrega esta experiência para a segunda infância e depois para a vida inteira.

O playground seguro encoraja pais e crianças a experienciar e viver momentos de alegria com qualidade. Uma criança ver outra em risco ou conviver num ambiente pouco seguro vira trauma. Observar normas da ABNT e a percepção do brinquedo com a função de trazer possibilidade de brincadeiras com segurança e alegria traz interação social. O cantinho da criança está incorreto na concepção de um espaço puro e simples. Este é um ambiente para criança desenvolver habilidades sociais, cognitivas e motoras para viver as maiores experiências de vida e se transformarem em adultos com qualidade. Interpretar o playground num cantinho como um simples brinquedo tem a conotação de “jogar” a criança lá.  O objetivo é entregar um espaço de mundo feliz e com elementos que satisfaçam as necessidades dos pequenos. Um playground promove a constituição de um adulto que consegue alcançar objetivos.

“Hoje existe muito adolescente sem protagonismo, esperando algo acontecer na vida. Nós devemos fazer um estudo da nossa infância. Esse é o primeiro case de sucesso com brincadeiras ao ar livre. A sociedade tirou a criança da rua para socializar, brincar e correr. Nós precisamos entregar algo que estimule toda a saúde física e psicológica. O playground cria a possibilidade da decisão com liberdade. É o protagonismo.”

Daniela Wollinger

A ideia de um playground simplesmente existindo num espaço perde a função social, cognitiva, motora e intelectual. A ausência de experiência desperta crianças e adultos frustrados, com medos e sem coragem para uma vivência social. A brincadeira que une pais e filhos desenvolve uma criança que futuramente será um adulto composto de qualidades para conviver em sociedade, com inteligência emocional e proativo diante da vida. A experiência num playground e a ludicidade das brincadeiras, na primeira e segunda infância, ficarão registradas e toda essa vivência será um contraponto para as adversidades e a consciência de um adulto com protagonismo.

Este publieditorial é patrocinado pela Joy Brinquedos

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