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Investir em soluções tecnológicas e na capacitação profissional

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Este é um atributo indispensável para o síndico do futuro

Foto: Banco de Imagens

Não há necessidade de voltar muito no tempo para constatar o quanto evoluiu o trabalho centrado na administração de condomínios nos últimos anos. E se tem alguém responsável diretamente pelas melhorias de gestão é o síndico profissional. Hoje, sem dúvida, com um mercado competitivo, se diferencia quem aposta em inovação.

Mas inovar em que? Segundo uma pesquisa realizada pelo Síndicos Planning com mais de 30 gestores condominiais, o “Síndico do Futuro” é aquele que investe na capacitação e, sobretudo, está sempre atento e aberto às novidades em soluções tecnológicas, ou seja: será um profissional reconhecido e valorizado no mercado, aquele que se qualifica, que busca capacitação para lidar com as questões legais, desenvolve habilidades para lidar com diferentes perfis de pessoas e está em constante atualização.

Josué Cavalcante de Lavor / Foto: Daniel Zimmermann

“Acredito que o síndico do futuro seja uma pessoa que utiliza a tecnologia como sua aliada na resolução de problemas. Também penso que o síndico seja uma pessoa que deverá entender cada vez mais de relações interpessoais”, destaca Josué Cavalcante de Lavor, de Joinville, que tem mais de 10 anos de experiência na área e realiza a gestão de mais de 50 condomínios.

Lavor, que é formado em Pedagogia, Bacharel em Direito, Pós-Graduado em Psicopedagogia, tem MBA em Finanças e Administração aposta na importância da atualização e desenvolvimento pessoal: “Entendo ser um mediador de conflitos e um ser humano em busca de constante aperfeiçoamento”, comenta.

Há três anos atuando como síndica em Blumenau, Lucelia Fedrigo, também compartilha da mesma opinião. Impossível, nos dias de hoje, não estar conectada. Além de buscar conhecimento, segundo a gestora, o síndico deve cada vez mais se tornar um profissional imparcial e capacitado. “Para acompanhar a evolução deste mercado, ele precisa assumir o compromisso de ser síndico com responsabilidade e saber tirar o melhor proveito do uso da tecnologia. A sociedade evolui e nossas necessidades também” pontua.

A síndica que é pós-graduada em gestão pública deixa uma dica para quem quer ser síndico: “Estude, busque o máximo de capacitação possível e de tudo que estiver ao seu alcance. Ser síndico é gerir não só orçamento de um condomínio e seus serviços, mas acima de tudo é conduzir pessoas e tudo que as rodeia, somos os mediadores de conflitos e comportamentos”.

Para Flávio Santiago da Silva, síndico há três anos em Florianópolis, o síndico do futuro é 4.0, é ligado às tecnologias, compartilha informações em quantidade, qualidade e velocidade cada vez melhores. “O síndico do futuro é cooperativo e transparente, provendo informações e interconectando a todos” define Flávio.

Lucelia Fedrigo e Flávio Santiago da Silva / Fotos: Divulgação

Flávio, que também é músico, fotógrafo, escotista, técnico em segurança do trabalho, sommelier e analista em telecomunicações, acredita que buscar o apoio de outros síndicos, e cultivar uma boa relação com seus conselheiros e condôminos é muito importante. “Todos são os donos, todos têm sua parte”, pondera.

Investir na capacitação é primordial. “Busque cursos, e eventos que estão acontecendo no ritmo em que a área condominial está demandando” recomenda Flávio.

Com atribuições diversas, profissionalização é o caminho mais acertado

Evandro Fortunato Linhares / Foto: Divulgação

Vale lembrar que o síndico tem uma lista de tarefas bem eclética, que vai desde a gestão e planejamento, mediação de conflitos, gerir folha de pagamentos, lidar com manutenções, reformas, reclamações, prestação de contas. “Estes são apenas alguns exemplos. O profissional ainda pode responder civil e criminalmente no caso de algum acidente. Considerando todo este leque de atributos que o síndico tem para executar na sua rotina, eis a importância de se buscar uma qualificação. O conhecimento mais focado, o aprimoramento específico na área só potencializa o serviço prestado diante das muitas situações e adversidades que possam surgir no dia a dia”, explica o administrador Evandro Fortunato Linhares, conselheiro federal de Administração pelo CRA/SC.

Há uma carência de profissionais qualificados nesta área. Neste contexto, aquele que se profissionaliza, sai na frente. Como ressalta Fortunato Linhares, o síndico deve se aprofundar na administração técnica profissional para exercer sua profissão. Não é simplesmente ficar ligado a questões burocráticas. Ele tem que ser gestor, ético, conciliador e estar conectado com o bem-estar dos condôminos. Tem que entender de pessoas e fazer uma gestão transparente.

Sem dúvida, o síndico do futuro é aquele que estará pronto para se adaptar ao novo. A pandemia, por exemplo, acelerou o processo digital, já que muitos passaram a realizar o trabalho de forma remota, em casa. “Mais do que entender de sistemas para o controle de informações, ele deverá estar afinado às mudanças e tendências do setor. Por isso é indispensável que ele busque sempre pela especialização para que possa orientar, instruir e decidir todas as ações por meio de amparos legais e normativos”, ressalta.

Para aqueles que atuam no segmento da Administração é de conhecimento que ainda não há formação profissional nem em nível técnico, nem no formato de graduação, para exercer o cargo de síndico. Por outro lado, são ofertados no mercado muitos cursos e treinamentos regulamentados.

Um deles, referência na área, é ministrado pela empresa Liderança Administradora de Condomínios, que há 15 anos oferece o curso de formação em Administração de Condomínios e Síndico Profissional, em parceria com o Conselho Regional de Administração (CRA).

Neusa Maria Tribeck Ferreira / Foto: Daniel Zimmermann

“Nosso objetivo é proporcionar aos condomínios, profissionais altamente capacitados para cumprirem a legislação que regulamenta a gestão condominial, desenvolvendo boas práticas de gestão, abrangendo os diversos segmentos”, destaca Neusa Maria Tribeck Ferreira, sócia fundadora da Liderança Administradora de Condomínios.

São 120 horas de carga horária no curso, visando proporcionar mais qualidade da gestão nessa modalidade de Administração. O curso é distribuído em seis módulos, ministrados por oito professores, todos especialistas e com amplo conhecimento no segmento. Os módulos são: Gestão, Jurídico, Contábil Fiscal e Auditoria, Gestão de Pessoas, Manutenção I e Manutenção II. No atual momento de pandemia, as aulas – duas vezes na semana – são transmitidas ao vivo pelo aplicativo Zoom.

E mais: o curso é complementado com palestras que destacam temas relacionados à grade curricular. Ao final, o aluno recebe o certificado de Síndico Profissional.

Segundo Neusa, que também tem especialização em Organização, Sistemas e Métodos, e ainda é coordenadora do Núcleo de Administração de Condomínio, do Conselho Regional de Administração (CRA/SC), o profissional que se prepara para exercer o cargo de síndico pode enfrentar problemas de múltiplas naturezas. Mas, ao utilizar recursos adequados garante um bom relacionamento com seus representados, conquista o respeito profissional e conta com a adesão da coletividade para aprovar as demandas levadas à assembleia. Na prática, torna a gestão ainda mais eficiente.

Gestão condominial é potencializada pelo uso de ferramentas inteligentes

Para cada necessidade, uma solução personalizada de tecnologia. Hoje existem empresas especializadas em oferecer o que há de mais moderno no setor, com sistemas inteligentes para fins específicos.

Um exemplo é a V8 Monitoramento, que há sete anos supre com excelência às demandas em tecnologia e segurança, sejam de empreendimentos públicos ou privados. Atualmente, são três bases operacionais, duas em São Paulo e uma em Santa Catarina – localizada em Balneário Camboriú, onde está presente há um ano. Entre a diversidade de serviços oferecidos para o setor de condomínios, a empresa destaca o sistema de controle de acesso por meio da portaria virtual ou remota.

“Com a adesão desta solução inteligente que visa proteger, facilitar e padronizar os acessos dos moradores, disciplinar as condutas de recebimento de visitas, prestadores de serviços, entregas, locações de unidades, o condomínio ganha valor agregado”, destaca o gestor de riscos e projetos da V8 Monitoramento, Fabio Rizzi.

Além de ser um sistema seguro, a portaria remota gerencia as entradas e oferece segurança ativa 24 horas a partir de duas centrais distintas, uma em São Paulo e a outra em Santa Catarina. Isso significa menor risco de falhas no atendimento, já que se ocorrer um problema na estrutura da Central, a outra continua o atendimento normalmente, pois quando toca o interfone, quem atender primeiro realiza o serviço, mesmo porque os atendimentos são padronizados.

Vale lembrar, porém, que segurança é responsabilidade de todos. A tecnologia entra apenas como uma aliada no exercício do gestor, do administrador condominial. E mais: a vantagem dos sistemas inteligentes é justamente dar a cada condômino a possibilidade e a responsabilidade de interagir com a segurança do empreendimento. Ao acessar um aplicativo, ele tem acesso a diferentes recursos, como a chave virtual para abrir portas e portões via smartphone, reserva de espaços comuns e às câmeras de segurança, entre outros.

Fotos: Divulgação

Quem também acumula expertise no segmento é a Adservi, que há 22 anos atua no mercado de vigilância, limpeza e conservação, monitoramento, tecnologia de imagem e outsourcing. Todo o trabalho realizado ao longo de anos foi ainda mais fortalecido a partir de 2019, quando a empresa se uniu ao Grupo Altum, uma das maiores multinacionais do segmento de facilitieis e segurança privada, contando com aproximadamente 40 mil colaboradores em três países. Ou seja, os serviços oferecidos foram levados a um nível maior de excelência, qualidade, inovação e resultados.

“Com isto, o segmento de condomínios fortaleceu ainda mais nas atividades do grupo, sendo hoje um dos focos de maior importância, não somente pelo mercado, mas pelas oportunidades que a integração de recursos humanos e tecnologia geram de diferencial na qualidade e resultados, junto a administradoras, síndicos e condôminos”, destaca o executivo de contas Rafael Ribas Augusto, do Grupo Altum.

Rafael Ribas Augusto / Foto: Daniel Zimmermann

A tecnologia passou a fazer parte da rotina das atividades, gerando valor agregado à área de segurança, controles internos, gestão de procedimentos e processos de vigilantes, porteiros, limpeza e zeladoria, o que garantiu melhor prestação dos serviços. Tudo com mais eficiência, qualidade e segurança, entregando um pacote de serviços integrados, diferenciado do mercado, com redução de despesas e maior eficácia nas operações condominiais.

Dentro do leque de opções, aqui também tem chamado a atenção a área de portarias tecnológicas, com gestão remota, operação 100% sistêmica e apoiada por uma central 24 horas, além de modelos híbridos, onde o homem atua no dia a dia operacional e à noite o sistema faz seu papel, aumentando a produtividade.

Segundo Ribas Augusto, pensando no síndico do futuro, o uso de soluções inteligentes, sem dúvida, pode gerar valor agregado a um serviço de gestão, segurança e controle de processos internos, tornando-os muito mais eficazes e mais baratos. O resultado: um serviço final de maior qualidade, possibilitando remodelar os projetos atuais de segurança e gestão, reinventando suas aplicações e levando aos moradores uma experiência muito melhor, com redução de gastos.

“A integração de sistemas e novas tecnologias traz um novo trinômio de segurança: Sistema – Homem – Sistema. Ou seja: a plataforma detecta eventos, anormalidades e situações em que o homem precisa atuar. Tudo, aliado a respostas e protocolos também pré-determinados. Isso faz com que as respostas sejam mais garantidas, eficientes e em tempo real aos eventos, mitigando os riscos e aumentando muito o nível de segurança dos condomínios”, explica.

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