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É preciso estar preparado!

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Condomínios precisam investir em prevenção de acidentes, capacitar funcionários para atendimentos emergenciais e orientar moradores sobre riscos

Foto: Banco de Imagens

Todas as pessoas, em diversas situações do seu dia a dia, estão suscetíveis a acidentes. E no condomínio não é diferente. Embora as ações preventivas sejam fundamentais para reduzir os riscos, é importante que não apenas o síndico, mas todos os colaboradores do prédio estejam preparados para realizar ações de primeiros socorros sempre que necessário. No caso de incêndio, além de estar com todos os equipamentos em dia, é recomendável orientar os moradores sobre prevenção e oferecer treinamento adequado a
funcionários e moradores.

Atualmente, o tema prevenção e combate a incêndio tem sido foco de muitos debates devido a recentes e trágicos episódios. Nesses momentos ficam em evidência as falhas na prevenção, no combate e confinamento do princípio de incêndio e também na evacuação da população daquele local. Porém, não é necessário e muito menos ideal aguardar uma emergência ocorrer para que se percebam essas falhas e se coloque em prática ações de prevenção.

De acordo com o Código Civil, o síndico é responsável pelas áreas comuns do condomínio. Portanto, deve adotar atos necessários à manutenção do edifício, sua utilidade e segurança. “O síndico precisa ter consciência de que ele é o responsável pelo imóvel e se valer do próprio estatuto para obrigar os condôminos a cumprir as normas de segurança”, destaca Rodrigo Gonçalves Basílio, 1º Tenente do Corpo de Bombeiros Militar e Subcomandante da seção de atividades técnicas de Blumenau.

Cuidados importantes

Segundo o Tenente, os problemas mais comuns nos apartamentos envolvem instalações elétricas inadequadas e sem manutenção, descuidos do dia a dia, como esquecer uma panela no fogo ou velas acesas e mau funcionamento de equipamentos eletrodomésticos, como a máquina de lavar roupa. “São situações que observamos com maior frequência nas investigações de incêndios. Normalmente, são ocorrências de menor proporção porque as edificações multifamiliares têm todos os equipamentos para combate de incêndio”, ressalta.

Mesmo com os equipamentos em ordem, há uma série de cuidados que precisam ser considerados pelo síndico e funcionários de edifícios. “É necessário que sejam feitas inspeções para verificar detalhes como se as portas corta-fogo podem ser abertas com facilidade ou se as escadas não estão sendo usados como depósito de objetos, por exemplo. A escada é o lugar mais importante porque todos os itens de combate podem falhar, mas é por ela que vamos conseguir fazer a evacuação segura das pessoas”, explica.

Segurança contra incêndio

Segundo Fabrício Giovani, instrutor credenciado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina e diretor técnico da Bravale Treinamentos Profissionais, quando falamos em sistemas e medidas de segurança contra incêndio e pânico logo vêm à mente extintores, sistema hidráulico preventivo, iluminação de emergência e demais equipamentos físicos instalados na edificação, o que é um erro. Um exemplo é o plano de emergência contra incêndio que muitos ainda desconhecem o objetivo e a importante aplicação.

No entanto, é uma das medidas de segurança contra incêndio prevista nas Instruções Normativas 1 e 31 do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, sendo obrigatório em condomínios comerciais e também residenciais, de quatro pavimentos ou mais ou área total construída igual ou superior a 750m². “O plano de emergência é um conjunto de ações e documentos que visam treinar e orientar os ocupantes para uma possível emergência, estando prevista também a realização de exercícios simulados de abandono de área com todos os ocupantes do imóvel”, explica Giovani.

Muitos síndicos até têm conhecimento dessa exigência para condomínios empresariais, mas poucos sabem que se aplica também aos condomínios residenciais multifamiliares e de ocupação mista. Outro ponto a ser observado é com relação ao treinamento dessas pessoas para uso dos sistemas preventivos e também em ações de primeiros socorros. Treinamentos de Brigada de Incêndio podem ajudar a prevenir e minimizar acidentes e perdas. Assim, se ocorrer um incêndio, moradores e funcionários estarão preparados para conter o fogo no início. “O Corpo de Bombeiros não atende demandas de treinamento, mas é possível contratar uma empresa que vai auxiliar no uso correto de equipamentos como hidrante e extintores, ensinar o atendimento de primeiros socorros e fazer uma simulação de evacuação do prédio”, explica o tenente.

Em Santa Catarina, os condomínios exclusivamente residenciais estão isentos da constituição de brigada de incêndio. Mas um projeto de Lei de 2004, que caminha a passos lentos, quer tornar obrigatório o treinamento em proteção contra incêndios, técnicas de resgate e primeiros socorros em todos os condomínios do país. “Muito além de leis e obrigatoriedades estamos falando de vidas e é muito importante a população estar preparada. Treinamentos do gênero são sempre bem-vindos, afinal não sabemos o que acontece na casa do nosso vizinho e quando seremos surpreendidos por uma emergência”, ressalta.

Quem chamar?

SAMU (192)

  • Emergências clínicas (infarto, derrame, etc.)
  • Mal súbito (diabetes descompensada, pressão alta, etc.)

Bombeiros (193)

  • Incêndio
  • Acidentes com trauma (acidentes de trânsito, agressões, queimaduras, etc.)
  • Choques elétricos
  • Engasgamento
  • Pessoas inconscientes
  • Pessoas perdidas na mata
  • Salvamento aquático
  • Desabamentos e deslizamentos
  • Enchentes, inundações e enxurradas
  • Captura de animais agressivos ou silvestes
  • Acidentes com produtos perigosos
  • Vazamento de gás
  • Resgate em altura
  • Suicídas
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