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Giovanni Moser – Síndico e Coronel Jefferson Schmidt – Comandante da 7º RPM

Nome do case: Fênix

Condomínio inicia novo capítulo da sua história após operação da polícia militar e qualificação da gestão financeira

Uma rotina de violência marcava há anos a vida do Residencial Parque da Lagoa, no bairro Itoupavazinha, em Blumenau (SC). Com a estrutura degradada e abandonada, o espaço acabou se transformando em um shopping a céu aberto para o tráfico de drogas, levando insegurança e descrença aos moradores, que não viam como seria possível alterar aquela realidade. Panorama esse que começou a ser modificado em 2020, quando uma iniciativa com duas frentes diferentes passou a ser desenvolvida no complexo formado por três blocos, 96 unidades e mais de 300 residentes. Enquanto uma nova administração era implementada pelo síndico Giovanni Moser, a Polícia Militar de Santa Catarina colocava em prática a Operação Fênix com o objetivo de sufocar a venda de entorpecentes realizada pela facção criminosa que dominava o local e devolvê-lo aos condôminos.

Iniciada em outubro do ano passado e tendo à frente o coronel Jefferson Schmidt, comandante da 7º Região de Polícia Militar, a ação envolveu, em um primeiro momento, abordagens diárias para coibir o comércio e o consumo de drogas no lugar. Em abril de 2021, os policiais entraram no empreendimento para revitalizá-lo e mudar o ambiente insalubre, que propiciava o crime. Uma câmera de vigilância conectada à Polícia Militar foi instalada em maio no Parque da Lagoa para monitorá-lo 24 horas por dia e uma série de melhorias foi desencadeada, como a construção do muro lateral e a colocação de um portão automático para controlar o acesso. “A rua Botuverá, onde fica o condomínio, era conhecida na cidade como o endereço do tráfico em Blumenau. E era assim há cerca de uma década, desde a construção do complexo”, observa.

Hoje, as ocorrências ligadas às vendas de drogas foram reduzidas a zero dentro do Parque da Lagoa e em 98% na região, adianta o coronel Jefferson. “A própria convivência entre os moradores progrediu”, comemora. Conforme ele, o apoio de muitos dos residentes, da comunidade em geral e do empresariado do município contribuiu para alcançar esse resultado, que envolveu também a arrecadação de fundos para a pintura dos blocos e a recuperação do playground e do campinho de futebol. “Antes, as crianças não usavam as áreas de lazer porque os pais se preocupavam com os filhos brincando naquele contexto de violência”, recorda. Além disso, o comandante enfatiza que a qualificação do espaço tem ajudado na autoestima dos condôminos e no sentimento de pertencimento ao lugar e ao bairro. “As pessoas estão começando a gostar de morar lá de novo e a convidar os amigos para visitá-las. Dar dignidade para os cidadãos no local onde eles vivem não tem preço”, assinala.

Contas em dia e conquista da confiança dos moradores nas mudanças

O Parque da Lagoa foi erguido para receber desabrigados das enchentes e desmoronamentos de encostas ocorridos em 2018, em Blumenau, e desde o início sofreu com problemas de falta de infraestrutura, insegurança e administrações ineficientes. Em fevereiro de 2020, o advogado e empresário Giovanni Moser assumiu a gestão do empreendimento com a missão de colocar a vida financeira do complexo em dia. “Tive que arrumar a casa, pagar as contas atrasadas e obter a credibilidade das pessoas que não acreditavam mais na qualificação do lugar e no trabalho dos síndicos”, revela. Moser comenta que apenas cerca de 30% dos residentes pagavam o condomínio.

Nos primeiros meses no cargo, o agora ex-gestor quitou dívidas com a administradora no valor de R$ 8 mil e com fornecedores, que somavam R$ 18 mil, e renegociou casos de inadimplência com os moradores, fechando 55 acordos. Além disso, manteve o valor da taxa condominial baixa, em R$ 50,00 para incentivar as pessoas a pagarem em dia. Moser promoveu ainda aperfeiçoamentos na estrutura, como reforma no sistema de gás, compra de extintores, luminárias de emergência e mangueiras de hidrantes e contratação do seguro contra incêndio. “Há muito a fazer, mas acredito que o Parque da Lagoa pode se tornar o melhor condomínio do seu segmento. E a educação será o grande mote para a transformação do lugar e das pessoas”, defende. Entre as ações a serem efetuadas está a mudança do nome do empreendimento para Residencial Fênix, mesma nomenclatura simbólica escolhida para a operação policial. A ideia é marcar essa nova fase do local, que está renascendo das cinzas como a fênix.

O desejo de ajudar os residentes e valorizar o complexo inspiraram Moser a assumir a sua gestão. Como não mora no Brasil, o trabalho foi realizado de forma remota, com o apoio de colaboradores na edificação e comunicação via WhatsApp. Ele assinala que ter os objetivos claros e ser persistente e paciente na busca deles, mesmo diante das piores adversidades, é um dos maiores aprendizados que leva para a vida. “Contratar um síndico profissional, de fora do condomínio, é o conselho que dou para a administração de locais como o Parque da Lagoa”, sugere.

 

Mensagem aos síndicos e administradoras:

“É possível reverter uma situação de quebra da ordem pública e baixa segurança com muita força de vontade e sentimento de mobilização de pessoas e empresas. Os síndicos que vivem realidades parecidas não estão sozinhos e podem contar com a ajuda da polícia.” Coronel Jefferson Schmidt, comandante da 7º Região de Polícia Militar

“Façam o trabalho com comprometimento e usem a tecnologia disponível, ela ajuda a fazer a administração de maneira descomplicada. Importante também sempre conversar com os moradores para saber quais são os problemas que precisam ser resolvidos e criar um cronograma de entrega.” Giovanni Moser

 

 

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