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Nelson Antonio de Lima

Nome do case: Instalação de medidores inteligentes de água quente, fria e gás natural

Tecnologia, a grande aliada da gestão condominial

Quando ainda estava conhecendo a dinâmica e a estrutura do Pátio da Pedra, empreendimento com 60 mil m² e 225 unidades na cidade universitária Pedra Branca, em Palhoça (SC), o síndico profissional Nelson Antonio de Lima precisou solucionar o “assustador” volume de reclamações que chegava à administração sobre problemas de manutenção dos medidores de água quente e fria, vazamentos e distorções na verificação do consumo dos apartamentos. Eleito em 2018 para o cargo e com pouco mais de seis meses na gestão do complexo, Lima começou a analisar os imóveis e a forma como os condôminos utilizavam a água e o gás natural para identificar a causa de tantas queixas.

“A prova de que havia mesmo um defeito quanto à medição desses recursos veio quando um morador teve um custo de aproximadamente R$ 3,5 mil com a água, mesmo tendo viajado com a família por 15 dias”, argumenta. Após a verificação, foi constatado que o serviço de telemetria empregado pelo condomínio estava defasado, apresentava falhas na bateria e perdas de dados das leituras – o que obrigava Lima a adotar um procedimento de cobrança da taxa pela média dos últimos três meses de uso desses insumos pelos residentes. Diante desse cenário, o síndico decidiu buscar uma ferramenta tecnológica para resolver a situação. Inclusive, foi até São Paulo (SP) para obter mais informações sobre as opções disponíveis e, depois de muita pesquisa, encontrou no próprio Pedra Branca uma empresa que atuava com modelos inteligentes para a leitura remota dos equipamentos de água e gás.

Antes de alterar todos os medidores do empreendimento, um teste foi realizado em duas coberturas que tinham um elevado gasto com o recurso hídrico Para isso, foram colocados dois aparelhos – um para a água quente e outro para a fria – em cada uma das unidades para observar o consumo por seis meses. “Desconectamos os cabos da telemetria existente para ver se a antiga companhia contratada notaria que não estavam sendo gerados dados sobre a utilização do insumo e nada foi percebido por ela”, revela. Com os resultados positivos do novo método e o investimento para a troca do sistema autorizado pelos condôminos, as obras iniciaram em 2019 e foram concluídas no segundo semestre daquele mesmo ano. “Tinha um grande desafio pela frente, pois os medidores, menos os de gás, ficavam em diferentes locais dentro dos apartamentos, o que atrasou a identificação das dificuldades e o andamento dos trabalhos”, recorda Lima, que atua há 12 anos como síndico e administra 16 condomínios na região de Florianópolis (SC).

Redução do consumo e acompanhamento online

Ao todo, foram instalados 235 medidores inteligentes de água quente, 235 para a fria e 240 para o gás natural, abrangendo as unidades e as áreas sociais, como piscina e salão de festas. “Desde o início sabia que queria uma tecnologia que usasse a Internet e não tivesse fios e foi o que encontramos”, ressalta o gestor, que se descreve como um síndico digital – que utiliza diversas ferramentas tecnológicas na administração dos complexos. Segundo ele, o modelo atual é mais assertivo, oferece uma quantidade maior de dados e de gráficos, informa a ocorrência de vazamentos e possibilita aos moradores acompanharem online o consumo em seus imóveis por meio de um site.

Lima destaca ainda que, já no primeiro mês com o equipamento, a medição da água nas coberturas apontou uma redução de 35%. Outra vantagem foi a diminuição em 95% das reclamações. “Os residentes agora sabem exatamente o dia e a hora que fizeram um consumo acima da média e fica mais fácil explicar qualquer problema com as informações que temos na plataforma”, reforça. O uso sustentável do insumo foi mais um benefício da iniciativa, que foi impulsionada pela curiosidade e pelo interesse do síndico por tecnologia.

“Tento conhecer tudo que é novidade relacionada a condomínios, estou sempre atrás de inovações, cursos, treinamentos e testando aparelhos”, enfatiza. Para Lima, a tecnologia hoje é uma necessidade que a pandemia comprovou e está intrinsicamente ligada à gestão. Para a próxima edição do prêmio, dois projetos já estão na mira do administrador: um de controle dos níveis do reservatório de cisternas e das caixas de água e outro sobre monitoramento das manutenções.

 

Mensagem aos síndicos e administradoras:

“Deem liberdade para os síndicos inovarem. É preciso que os profissionais se posicionem sobre o que acontece no condomínio e busquem novas soluções para realizarem melhorias nos empreendimentos.” Nelson Antonio de Lima

 

 

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