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Joubert Farley Eger e Metrópole Administradora

Nome do case: Biblioteca & Museu Viegand Eger

Saudade transformada em espaço de memória, educação e cultura

Livros, objetos históricos raros e peças de arte integram o acervo da Biblioteca & Museu Viegand Eger, ambiente criado no hall de entrada do condomínio Premier Residence, em Blumenau, para preservar e levar para novas gerações o legado de uma vida dedicada à educação. A ideia inédita para a instalação de um local que funcionasse como ponto de disseminação do conhecimento, de conversas, encontros e exposições surgiu após o falecimento de Viegand Eger, pai do Procurador da Fazenda Nacional Joubert Farley Eger, ocorrido em 2016. “Fiquei pensando no que fazer com todas as lembranças deixadas. Ficar com elas em casa só aumentaria a saudade. Achei que ele iria gostar de ver sua trajetória continuar auxiliando no desenvolvimento de outras pessoas”, revela.

Professor, reitor e visionário no campo educacional de Santa Catarina, Viegand foi um dos idealizadores da Fundação Educacional do Alto do Vale do Itajaí – hoje Unidavi –, docente da Universidade Regional de Blumenau (Furb) e Secretário municipal de Planejamento de Rio do Sul (SC), ACAFE e ex-Conselheiro da Educação. Para transformar as obras literárias deixadas pelo pai e elementos como uma máquina de escrever da década de 1940 em uma biblioteca e museu, Joubert decidiu pesquisar sobre museologia e fez um curso online sobre catalogação universal antes de apresentar o projeto na assembleia de moradores do Premier Residente, onde mora e foi conselheiro por mais de seis anos. Em 2019, ele levou a proposta para votação dos condôminos, que se entusiasmaram e aprovaram a iniciativa – com muitos dos participantes doando artefatos para o espaço.

Uma área ociosa do complexo, ao lado da portaria e com cerca de 30 m², foi destinada para a ação. E, onde antes existia apenas um sofá, atualmente abriga 875 livros, 30 itens de videoteca e 25 de audioteca, todos classificados de acordo com regras internacionais. A inspiração, conta Joubert – que é síndico do empreendimento desde março deste ano –, veio de condomínios dos Estados Unidos. “Fiquei impressionado que lá é comum esses lugares terem bibliotecas. São ambientes acolhedores que estimulam a leitura e o bate-papo. Isso me influenciou a querer fazer algo assim no Brasil e a ter a possibilidade de impactar positivamente na cultura e na educação das pessoas”, salienta. O local ficou pronto em 2020 e não foi inaugurado oficialmente ainda devido às restrições da pandemia do coronavírus, mas já pode ser acessado pelos residentes que contribuem mensalmente para a sua manutenção e pelo público em geral, que pagará, aproximadamente, R$ 2,00 para apoiar sua conservação.

Novo destino cultural e turístico de Blumenau

Quem visita o espaço pode ver também uma coleção numismática, com cédulas do período da República até o Real, um jogo de xadrez de pedras semipreciosas brasileiras e uma publicação de 1850, além da timeline de Viegand Eger e obras de artistas catarinenses. “O lugar virou motivo de orgulho para o condomínio”, comemora Joubert, que cuida da biblioteca e museu. Recentemente, o projeto teve o seu Plano Diretor e de Gestão aprovados pela secretaria de Cultura de Blumenau, tornando a área em mais um local turístico e cultural da cidade. “Foi um reconhecimento da iniciativa e trouxe uma sensação boa de fazer o certo com aquilo que era do meu pai, mantendo a história dele viva”, enfatiza.

O síndico destaca ainda que o objetivo com o projeto era criar algo lúdico, que convidasse as pessoas a ficarem lendo ou vendo um documentário e que gerasse trocas entre os frequentadores. Outra meta de Joubert é que o ambiente ajude na valorização e divulgação da história e da cultura da região. Nesse sentido, ele pretende promover eventos, palestras e exposições. “Quero que as pessoas se sintonizem com a biblioteca e museu e com o legado do meu pai”, planeja.

Segundo Joubert, essa ação traz o lazer para dentro de casa. “Espero que essa experiência mostre para outros administradores que é possível fazer algo pela cultura nos seus complexos”, assinala. A proposta de compartilhar espaços e incentivar a convivência também está no centro de outra proposta em estudo pelo síndico e que deve ser inscrita na próxima edição do prêmio. “Temos a intenção de criar um coworking no Premier, adaptando as salas de estudo que são pouco usadas pelos residentes”, adianta.

 

Mensagem aos síndicos e administradoras:

“Servir às pessoas com propósito é muito gratificante. E poder fazer a biblioteca e o museu no condomínio trouxe um sentimento de poder contribuir com algo de bom para todo mundo.” Joubert Farley Eger

 

 

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