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Um novo jeito de morar

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Mudanças no comportamento, consumo e estilo de vida, impactadas pelas novas tecnologias, inspiram outras formas de moradia

Foto: Banco de Imagens

Em tempos de Uber, Netflix e Airbnb, modelos de negócio que nasceram na era digital, a forma de consumo, o comportamento e o estilo de vida nas cidades mudam com uma velocidade vertiginosa. Essas novas tecnologias transformaram não só a forma de se comunicar, mas o jeito de pensar, de trabalhar, de se locomover, de se divertir e, claro, de morar. Cada vez mais surgem condomínios que se utilizam de soluções sustentáveis e inteligentes para facilitar a vida dos moradores. E embora o conceito de moradia compartilhada ainda seja recente no Brasil, muitas construtoras já planejam empreendimentos que seguem esta tendência.

Clovis Silva, Superintendente de Massificados da AXA no Brasil, que coordenou o projeto de formatação do novo seguro Condomínio da companhia, com base em novas tendências e pesquisas realizadas com corretores e clientes, aponta que essa transformação no consumo passa por diversos fatores como o aumento da população mundial que é maior do que os espaços no nosso planeta, o crescimento da população idosa e diminuição do poder de compra provocado pelas crises econômicas.

“Somam-se a isso os novos hábitos, como a liberdade de poder mudar de vida, o fato de estarmos cada vez mais urbanos e conectados e a infindável busca por mais tempo no nosso dia. Tudo isso foi potencializado pelo surgimento de novas tecnologias, que a cada dia estão mais acessíveis, e que não só possibilitam como estimulam as experiências de compartilhamento”, explica Silva, que participou da 12ª Edição do Workshop Síndicos Planning e estará de volta como palestrante no evento de novembro, em Florianópolis.

Novos conceitos

Ainda segundo o executivo, a necessidade de termos mais tempo para fazer coisas que realmente nos interessam têm uma grande influência nessa mudança no estilo de vida, comportamento e forma de consumir. No caso da moradia, novos conceitos de espaços residenciais compartilhados são uma forte tendência para facilitar o dia a dia das pessoas, principalmente das que moram em grandes centros urbanos. “Por que eu preciso ter uma casa se eu quero apenas morar em algum lugar que me dê mais tempo?”, esse é um dos questionamentos que as pessoas vêm se fazendo atualmente. “Elas estão se perguntando porque precisam de um maior espaço para viver se isso pode exigir mais tempo para cuidar e mais dor de cabeça para
administrar”, explica.

Dentre essas novas possibilidades está o Coliving, que é uma forma de moradia em que as pessoas têm quartos exclusivos na casa, mas dividem ambientes como cozinha, varanda, quintal e até mesmo o banheiro. Não se trata exatamente de uma república, e sim de um movimento que estimula a integração, a sustentabilidade e a colaboração. Muitos desses projetos são pensados para jovens e autônomos. No Brasil, o conceito ainda é pouco difundido, mas existem iniciativas que começam a ganhar corpo em grandes centros como São Paulo.

“Por que eu preciso ter uma casa se eu quero apenas morar em algum lugar que me dê mais tempo?”, esse é um dos questionamentos que as pessoas vêm se fazendo atualmente.

A tendência de compartilhar o apartamento pode não ter chegado por aqui, mas a ideia de dividir ambientes com os vizinhos em condomínios já é uma realidade. Empreendimentos residenciais apostam cada vez mais em espaços como lavanderias, coworking, academia, bike sharing e ponto elétrico para carros, áreas que são compartilhadas e adaptadas para moradores que buscam espaços menores para viver, como forma de consumo inteligente e sustentável.

Artigo originalmente publicado na edição 01 da revista Diretório Condominial 2019

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