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Rodrigo Karpat

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  • Formação: Advogado militante na área cível há mais de 10 anos
  • Cidades em que atua como síndico: São Paulo
  • Tempo de atuação como síndico: 8 anos
Foto: Alan Denis de Souza

Como é ser síndico e ao mesmo tempo uma personalidade conhecida e admirada no segmento condominial?
Eu me mudei para um condomínio e quando entrei no condomínio durante a obra, o zelador pegou uma revista e perguntou: Este é o senhor? Logo depois ele comentou com uma condômina e ela me convidou para ser síndico. Eu me mudei para outro apartamento há dois anos e continuo sendo síndico no antigo endereço. Quando me mudei, eu não sabia, mas era a mesma administradora e já estavam preparados para me indicar como síndico.
É desafiador, pois uma situação é você ser advogado, tratar os problemas de forma jurídica, e outra coisa é você viver dentro de um prédio aonde você é parte daquela comunidade, e ao mesmo tempo, você precisa dosar administração, direito e objetivar um convívio harmônico.

Qual o maior problema que já teve que resolver como síndico?
Já tive problemas de perigo na fiação, instalação de ar condicionado colocando em risco o condomínio, entrada de meliantes, situações que me deixaram muito preocupado. Outro problema foi uma obra que foi conduzida de maneira errada, com indícios que havia valores a serem recebidos em detrimento do condomínio, sem qualquer tipo de documentação regular, nem contrato, então eu tive que negociar com prestador para que a obra pudesse ser cessada e reiniciada de forma positiva. O primeiro condomínio que administrei tinha um saldo negativo de R$ 60 mil reais e o meu trabalho foi recuperar as finanças.

Qual a situação mais engraçada ou inusitada que já presenciou exercendo a função de síndico no(s) condomínio(s)?
A situação mais inusitada são aqueles condôminos que exigem que eu vá lá e querem tomar vinho e ficar de papo para o ar e é engraçado tentar driblar estas situações.

O maior desafio nas Assembleias?
É colocar em prática tudo que eu prego como advogado, que nem sempre é fácil. Neste outro prédio as pessoas convivem de forma harmônica, mas cada um acaba fazendo o que quer: utilizam a piscina para se alimentar, param na vaga do visitante com horário superior ao que é permitido, e o meu desafio foi colocar as regras ali, porque em determinado momento, estes excessos acabam gerando conflitos desnecessários.

Quem sempre esteve ao seu lado quando precisou:
A Administradora de condomínios sempre foi o meu maior respaldo na gestão.

Que legado deseja deixar?
A valorização do patrimônio, correr sempre para evitar prejuízos, os prédios envelhecem muito rápido, e nem sempre as gestões focam na preservação do patrimônio.

Conselho De Síndico para Síndico:
Amizade é uma coisa, mas quando acontece um problema, as pessoas esquecem desta amizade, então é importante você agir sempre de forma profissional, prestando contas, trabalhando de forma transparente, e tomar muito cuidado para não ser o dono do prédio, ser apenas aquele que foi eleito para resolver os problemas e os anseios da coletividade, em detrimento dos interesses pessoais do síndico.

Uma dica para quem vai ser síndico pela primeira vez:
Meu conselho é trabalhar com pessoas que possam orientar da melhor forma possível, tratar o condomínio como uma verdadeira empresa, ter uma boa Administradora ao lado, realizar um laudo técnico pericial assim que assumir o prédio para saber quais são os riscos, sempre focar nas Normas da ABNT, ter um advogado que possa auxiliar mesmo que de forma preventiva.

Como é o síndico do futuro?
O síndico do futuro é aquele busca a profissionalização e trata o condomínio como empresa, é aquele que é bem assessorado juridicamente, administrativamente, contabilmente, trabalha com sistemas, busca a informatização, a modernização do prédio, também é assessorado por engenheiro quando precisa, está sempre de olho na tecnologia, na evolução, e buscando sempre servir aos condôminos e à comunidade, que é justamente a função do síndico.

Quem é o Rodrigo Karpat?
Karpat, Advogado, Pai, Marido, nasceu convivendo com condomínios, assembleias, frequentando administradoras de condomínios e tentando transformar o mundo condominial num lugar melhor, mais sereno, com menos conflitos. E como advogado, quando é preciso resolver as questões mesmo que de forma judicial, fazer da melhor forma possível, tentando trazer menos prejuízo para todos os lados e resolver os conflitos de forma positiva.

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